sábado, 17 de agosto de 2013

Mundial de Atletismo

Ugandense leva o ouro, e brasileiros fecham maratona de mãos dadas

Campeão olímpico conquista também o título mundial em Moscou, enquanto Paulo Roberto de Paula e Solonei Rocha ficam no Top 10
Paulo Roberto de Paula e Solonei da Silva cruzaram linha de chegada de mãos dadas 
Não tem calor ou cansaço que tire o sorriso do rosto de um maratonista após cruzar a linha de chegada. Atual campeão olímpico, o ugandense Stephen Kiprotich deu uma aula, só assumiu a ponta depois dos 30km, puxando um ritmo forte para levar o título do Mundial de Moscou. Ele ainda teve fôlego para dar uma volta olímpica no Luzhniki. Uma comemoração tão entusiasmada quanto a da dupla brasileira Solonei Rocha, sexto, e Paulo Roberto de Paula, sétimo. Os dois correram em equipe, cruzaram a linha de chegada de mãos dadas e cumpriram a meta de fechar a prova no Top 10.
Solonei e Paulo Roberto correram lado a lado, seguindo os fortes africanos no pelotão principal. A dupla se manteve na cola dos líderes durante quase toda a maratona. Solonei até chegou a ser o vice-líder antes de a prova entrar no circuito à beira do rio Moscou. O percurso plano nivelou os corredores e o grupo da dianteira seguiu compacto até a metade da maratona.

- Sou um cara que observo bem a corrida e falei ao Solonei: “Os quenianos estão que nem sanfona, vão forte e depois soltam”. Sabíamos que se mantivéssemos o ritmo, não iríamos quebrar e pegaríamos eles. Eu puxei nas subidas e o Solonei nas descidas. Quando chegamos ao estádio falei: “Solonei, quero nem saber quem vai ganhar, vamos chegar de mãos dadas - disse Paulo R
A partir dos 30km, porém, os africanos apertaram o passo. Atual campeão olímpico, Stephen Kiprotich, de Uganda, liderou a fuga. O japonês Kentaro Nakamoto foi o único não africano a segui-lo, mas não por muito tempo. Um a um, Kiprotich deixava seus rivais para trás. Restava apenas o etíope Lelisa Desisa nos quilômetros finais, quando o ugandense arrancou para garantir mais um ouro.Ele ainda olhou para trás para confirmar que ninguém estava no seu encalço e abriu um grande sorriso. Kiprotich entrou no estádio olímpico com os braços ao céu, agradecendo o apoio do Luzhniki. Depois de 42,195km, o ugandense ainda teve fôlego para dar uma volta olímpica. Estava em êxtase.
Kiprotich comemora o ouro na maratona do Mundial de Moscou
Os brasileiros, por sua vez, correram em equipe. Um puxando o outro, brigaram para entrar no Top 10 e foram ultrapassando os africanos que Kiprotich deixou pelo caminho. Solonei e Paulo Roberto entraram juntos no Luzhniki, sincronizaram as passadas até os metros finais. Entre eles, não há rivalidade. Os dois deram as mãos e passaram lado a lado, embora os sofisticados equipamentos de medição teimem em apontar uma diferença mínima de frações de segundos a favor de Solonei. O ex-coletor de lixo ficou com o sexto posto, enquanto Paulo Roberto foi o sétimo.

- Meu objetivo principal era mesmo ficar entre os dez melhores do mundo. Trabalhando em união, fica tudo mais fácil. Nós somos da mesma região e já treinamos juntos. Estamos em evolução. Para quem tem Olimpíadas em casa pela frente, isso é ótimo. Ainda temos muita sola de tênis para gastar, mas já visualizamos frutos bons para colher.
fonte Globo esporte.com

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